CÂMARA DE SÃO SEBASTIÃO GASTA EM CONVERSA PARA BOI DORMIR
Marcos Fuly, político e comerciante indiciado pela Polícia Federal, que preside a Câmara Municipal de São Sebastião, apostou alto em criar um diversionismo para "passar a boiada". No momento em que sozinho institucionalizava um lado sobre o negócio brasileiro de venda de gado vivo para o exterior, ao chancelar um evento que se dizia próprio da instituição, e noutro instante se disse ser de uma ONG privada. Os custos pela realização do evento foram bancados pelo cidadão que paga impostos, aliás parte dos recursos que são auferidos pelo Município justamente pela movimentação de carga no Porto da cidade.
O indiciado, enquanto punha à mesa somente vozes contrárias às operações logísticas de transporte rodoviário e embarque dos animais pelo Porto de São Sebastião, contratava - com 'Dispensa de Licitação', por R$ 470 mil, uma empresa para escrever um texto para uma Reforma Administrativa.
Ocorre que não há necessidade alguma, por dois motivos, sendo:
a) Um de seus antecessores, filho de portuário, Reinaldinho Moreira, atual vice-prefeito da cidade e Secretário de Saúde da Prefeitura, há menos de 5 anos, portanto o período de uma legislatura, contratou, por meio de 'Pregão' (licitação), uma empresa por R$ 69 mil, que fez a mais ampla 'Reforma Administrativa' da Câmara de São Sebastião nos últimos anos, e todo processo contou com certa participação (acompanhamento) do Ministério Público - MP/SP, nem tampouco no Ministério Público de Contas - MPC/SP, não teve qualquer problema no Tribunal de Justiça - TJ/SP, e foi aprovada pelo Tribunal de Contas - TCE/SP.
b) Para eventuais adequações, não era necessário contratar nenhuma empresa, quem dirá por 'Dispensa de Licitação', porque o Poder Legislativo Municipal possui, entre seus quadros, advogados (Procuradores) e tem assessoria legislativa.
Não é só.
Fuly, já havia contratado ao custo de meio milhão de reais - e tem pago - serviços que compõem uma tremenda fumaça tecnológica. Em relação a estes, a carga é fétida.
No Porto, tomando como exemplo comparativo, após o embarque do gado, o caminhão passa por uma sucção dos dejetos dos animais feita por uma empresa especializada. Não se sabe se a sujeira aumentou tanto sob sua presidência, mas, fato é que a Câmara saiu, sob sua gestão, de um Contrato de R$ 19 mil mensais para R$ 38 mil para limpeza.
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