MARCHA DA INSENSATEZ
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A verdade é que a pregação de Márcio Thomaz Bastos ignora os fatos,
ofende a lógica e deseduca o público. De onde ele foi tirar a ideia de
que os réus do mensalão estão tendo seus direitos negados por causa da
imprensa? O julgamento vai se realizar sete anos após os fatos de que
eles são acusados — achar que alguém possa estar sendo prejudicado
depois de todo esse tempo para organizar sua defesa é simplesmente
incompreensível. Os réus gastaram milhões de reais contratando as bancas
de advocacia mais festejadas do Brasil. Dos onze ministros do STF que
vão julgá-los, seis foram indicados por Lula, seu maior aliado, e outros
dois pela presidente Dilma Rousseff. Um deles, José Antonio Toffoli,
foi praticamente um funcionário do PT entre 1995 e 2009, quando ganhou
sua cadeira na corte de Justiça mais alta do país, aos 41 anos de idade e
sem ter nenhum mérito conhecido para tanto; foi reprovado duas vezes ao
prestar concurso para juiz, e esteve metido, na condição de réu, em
dois processos no Amapá, por recebimento ilícito de dinheiro público.
Sua entrada no STF, é verdade, foi aprovada pela Comissão de Justiça do
Senado; mas os senadores aprovariam do mesmo jeito se Lula tivesse
indicado para o cargo um tamanduá-bandeira. O próprio ex-presidente,
enfim, vem interferindo diretamente em favor dos réus — como acaba de
acusar o ministro Gilmar Mendes, com quem teve uma conversa em
particular muito próxima da pura e simples ilegalidade. Mas o advogado
Bastos, apesar disso tudo, acha que os acusados não estão tendo direito a
se defender de forma adequada.
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10h13min. - adelsonpimenta@ig.com.br