SOB TENÓRIO, CONTAS DE 2015 DE COLUCCI SÃO APROVADAS PELOS VEREADORES



A Câmara da Ilha, (não confundir com camarilha), é o teatro das atenções do ex-prefeito Antônio Colucci, que conhece o DNA da maioria dos vereadores e tem feito barba, cabelo e bigode na Casa. 

É jogador que deixou o Poder atirando contra o Judiciário e o MP, mas, sabe que no Legislativo estão alguns que se elegeram em seu palanque. Sob olhar complacente de Márcio Tenório, fez desarquivar suas Contas rejeitadas de 2012 e obteve nova votação - agora pela aprovação. E, na última quarta, dia 28/02, teve maioria a favor de suas Contas de 2015. 

Faltam as Contas de 2016 - e passa a régua. Este foi o ano em que ele, irrequieto, apostou todas as suas fichas na sua sucessão, com sua então Secretária de Educação. E perdeu. Há quem creia haver pretensões de ser novamente candidato a prefeito em Ilhabela.

Longe do poder e sem a caneta, seu desafio é manter-se em atividade. Ele conta com um ilhéu crédulo e estaria tentando liderar uma oposição contra o Governo. Com alguns reveses importantes no âmbito da Justiça; à ver se pela lei da Ficha Limpa já estaria inelegível. 

Uma prova dos nove será a eleição deste ano, 2018, para deputado, em que muitos esperam que ele tente se candidatar para ter a certeza de que  obterá o seu registro.

Há uma certa cisma do ilhabelense, desde a candidatura de Manoel Marcos. Ele fez uma Carta ao povo ilhéu explicando as razões, mas, inegavelmente, ficou no imaginário coletivo as incertezas de quem tem Contas rejeitadas pela Câmara de Ilhabela e/ou Decisões contrárias em colegiados da Justiça.

De qualquer forma, Colucci tem se movimentado. E Tenório também.

É que as vezes as vezes "até o silêncio é um lance do jogo", diz um membro do staff político do Prefeito, que tem principalmente uma cidade para governar e sabe que serão os resultados de sua gestão, e não a isca do ex-prefeito pela rixa, que será considerado pelo eleitor. Cada um tem sua estratégia. 

O vereador Gabriel Rocha (SD), líder do Governo, se absteve da votação. Por que se abster? Esse é um sinal dúbio, a meu ver. E ele, talvez pela inexperiência legislativa, já que bom sujeito é, disse algo que destoou: "O prefeito Márcio Tenório não faz uma política perseguidora e deixou os vereadores a vontade para decidirem”, disse. 

Como assim? Ele acaso teria outra postura à ser feita que não fosse a de "deixar os vereadores a vontade"? Tenório não me parece ser dado a patrulhamento ideológico, e tem feito um trabalho político de aproximação do Legislativo - aparentemente dentro dos limites da política. 

Portanto, com todo respeito ao vereador, o QR Code (que significa "resposta rápida") dessa votação é outro. 

Colucci tem desafios importantes pela frente e tenta rivalizar com Tenório para manter acesa a chama da polarização. Mas, as Convenções da política tem mistérios não revelados. Intuo que muitas surpresas estão porvir. 

Porém, o Centro físico, que está inacabado, tem imagens fortes - um tributo ao desperdício do dinheiro público, é portfólio negativo com o qual o ex-prefeito terá que lidar e explicar oportunamente, entre outras coisas. 

Resta conferir o primoroso trabalho de atualização do assunto feito pela página no Facebook "Por dentro do BAEPI" (https://goo.gl/kpnnH2) e no Flickr (https://goo.gl/9sPBwZ). Quem paga essa conta absurda é o mesmo cidadão que vai às urnas votar. E precisa ser convencido de uma coisa para retribuir com a outra.

Fato é que, apesar do esforço de Colucci em concentrar as energias dos que se opõem à Administração em sua vibe política, falta combinar. Há outras forças políticas também fazendo estudos de cenários. O Governo, por sua vez, tem ainda mais de dois anos e pouco de gestão pela frente. 

É cedo para análises em relação a 2020, porque muita coisa tem que passar agora pela eleição de 2018. 

É o jogo!
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14h16min.  -   adelsonpimentarafael@gmail.com

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