TODAS AS CONTAS DE FELIPE AUGUSTO SÃO REJEITADAS PELO TCE/SP
As Contas Públicas de São Sebastião estão em xeque e parte dos gastos sob investigação policial e judicial
Uma expressão em inglês muito usada no Brasil pelo desporto profissional é "scounting", que numa tradução livre significa 'patrulhamento", mas, usada recorrentemente para fazer curadoria e gestão de dados. Existem cursos de formação profissional de 'Scout - Análise de Desempenho' para clubes de futebol.
Explicado o que é e para que serve, vou usar emprestada essa expressão para falar de gestão pública. Neste caso, sobre mais um ano fiscal da gestão do prefeito Felipe Augusto rejeitado pelo Tribunal de Contas do Estado - TCE/SP. Nenhuma de suas Contas analisadas até o momento teve parecer ou algum sinal de que será aprovada. Todas irregulares: 2017 / 2018 e 2019.
O rombo sobre a Previdência do servidor é extraordinário - o FAPS (atualmente uma autarquia), herdou sobre um tamanho e quase triplicou em 120%. O Plano de Investimentos é frustrado a cada ano e o calote no repasse patronal são dois fatores preponderantes, ou seja, a gestão é deficitária e incompetente.
Breve Histórico
Em 18/06/17, publicamos: "Faps, o Cabo de Guerra do Momento"
Em 18/11/19, publicamos: "Oposição Judicializa Parcelamento do FAPS"
Mando de Segurança
Acesse: https://drive.google.com/open?id=1MnGkhjl359Pr7b_n5_gcieKwycgA0g9Q
Acesse: https://drive.google.com/open?id=1MnGkhjl359Pr7b_n5_gcieKwycgA0g9Q
Em 03/11/20, publicamos: "Sob Felipe, a Previdência Municipal Minguou"
https://favoritoregional.blogspot.com/2020/11/sob-felipe-previdencia-municipal-mingou.html
https://favoritoregional.blogspot.com/2020/11/sob-felipe-previdencia-municipal-mingou.html
SALDO:
O Faps foi herdado em 2017 com um saldo de R$ 700 mi.
Sob Felipe caiu para R$ 400 mi, subiu para R$ 500 mi e no final de 2019 era R$ 600 mi. Não cresceu, ao contrário disso, mingou.
Até mesmo o pagamento de hora-extra para gente lotada em cargo comissionado houve. Uma aberração administrativa que o órgão de Controle do Estado não perdoou. A gestão sobre a Educação Municipal, área da Administração local que recebe além das transferências constitucionais, destinação de recursos por iniciativa do prefeito e, as vezes, até emendas de vereadores, também é beneficiada com os royalties do petróleo, e que, segundo o Parecer do TCE, foi desastrosa obtendo os piores índices.
CENÁRIO: Síntese
Como bem cravou o Conselheiro - Relator do TCE, a abundância de dinheiro - (este é um termo que recorro) - recebida por São Sebastião foi aplicada de forma até estranha ao interesse público, já que a população não percebe os resultados.
O Gaeco, uma união de Promotores de Justiça do Estado, quando deflagrou a Operação Mar Revolto, que veio depois da Prato Feito da Polícia Federal, culminou com agentes policiais do Baep dando com os pés na porta do quarto da casa do Prefeito, disseram à imprensa que há "lavagem de dinheiro" e "formação de quadrilha".
A cadeia estaria a um Paço? A ver.
As Contas estão rejeitas! A saber.
Felipe Augusto, quando ainda candidato ao primeiro mandato eletivo, por ser filiado ao PSDB, partido que por anos governa o estado, prometeu um nível de articulação política e relacionamento institucional de alto nível, vendeu uma cidade "nova" e prometeu reduzir o tamanho da máquina pública, priorizar o capital privado por meio de instrumentos de gestão modernos, assim como uma gestão pública eficaz.
O que restou foram os pareceres do TCE, que deveriam ser distribuídos aos alunos da rede pública de ensino para rodadas de debates sobre como não proceder uma administração de uma cidade; deveria ter cópias entregues aos profissionais da Saúde, para que pudessem ler ponto a ponto como dever de casa sobre o que evitar fazer; pendrives com este conteúdo deveriam ser doados aos Conselheiros Municipais das Comissões de Controle Social para que dissertassem em reuniões dos colegiados sobre onde permitiram tantos erros e se calaram; deveria ser pauta de mesa-redonda da imprensa com a sociedade.
Trata-se de riquíssimo material de análise técnica sobre uma gestão superavitária, com ano a ano fechando com excesso de arrecadação, mas, na contramão disso, discursando sobre crise fiscal, entregando serviços públicos medíocres, custosa ao contribuinte, uma gestão perdulária, ineficaz e sob investigação pelo possível cometimento de crimes com esse dinheiro por autoridades competentes.
O cidadão poderia - ou deveria - fazer um "scounting" sobre essa realidade, afinal, o Governo é transitório e o dinheiro é público. Sem olhos abertos e análise, ou seja, sem Scout, vamos celebrar gol contra crendo em narrativas, em discursos, não em Pareceres Técnicos, em revelações analíticas.
As Contas Públicas de São Sebastião estão em xeque.
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